segunda-feira, 6 de julho de 2009

A loucura lhe cai bem.

I.: Um entrando na mente do outro... no início eu me revoltei contra isso dizendo que não havia sentido, que era ruim, sendo que na verdade eu só detestei porque eu não fui a mais forte, e não penetrei numa quantidade suficiente de mentes, ou pelo menos, não achei que penetrei, não me satisfiz... tem uns que se satisfazem com pouco, ou que são de outra 'espécie', a que só se deixa manipular... felizmente eu não devia ser uma dessas. Como quase tudo na minha vida, eu fugi de algo que eu não consegui dominar, mesmo querendo estar lá. Depois de tanto tempo que eu fui acordar, hoje sim eu percebo que tudo aquilo é um monte de lixo sem vínculo nenhum, há não ser a escravidão da mente, dos corpos, e a destruição.
F.: É incrível escutar isso de ti, minha doce. Parecia que você nunca ia voltar...
I.: E sabe qual é o meu maior medo? De que eu não tenha saído do transe, e isso seja só mais uma fase da loucura.
F.: Você aceitou-a tão bem né!
I.: Era algo que eu tinha, um hobbie que dominou fácil, que era fácil de executar e de brinde ainda atraia as atenções para mim.
F.: Mas como você dizia dos urubus...
I.: Alguém se importa com eles? São alguma perda de tempo pela qual eu passei, não gosto de me arrepender, mas reconheço, deveria ter seguido bons exemplos.
F.: Eles estarão sempre lá, os bons. Os ruins se dispersam à procura de algo inalcansável, assim como você.
I.: Mas eu estou achando, não me faça jogar o conteúdo dessa xícara na sua cara!
F.: Calma, eu não quiz ofender... Estamos aqui para abrir os olhos não?!
I.: A luta era árdua, eu lembro que quando eu comecei eu era a mais vulnerável. Eu penso que apesar de tudo, eu aprendi muita coisa sobre as pessoas, e o quanto devemos confiar em poucas delas.
F.: Aprendeu o quanto deve confiar em si mesmo?
I.: Esse é o mais óbvio e o mais falho em mim, ou melhor, era.
F.: Está crescendo, finalmente.
I.: Cale a boca flamingo, e vá dormir.

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