quarta-feira, 19 de agosto de 2009

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Hoje eu estou rebelde, nada demais, só uma concequência do meu severo desequilíbrio hormonal alguns dias antes de ovular, a muito característica e popular TPM... Sim, a minha é terrível não tem como negar, nem pensar eu consigo, viro uma grande sucessão de impulsos e impulsos um atrás do outro, às vezes positivos às vezes negativos, um turbilhão de emoções que vão da mais eufórica a mais enraivecida em questão de segundos. Costumo pensar que a TPM me torna bipolar durante uma semana.
Então depois de toda maratona de sentimentos na minha cabeça pela qual eu passei hoje desde manhã, chega o final do dia, e eu nessa temporaria euforia penso: que saudade do tempo em que eu saia de madrugada sem destino, bebia um vinho no parque e curtia o som de uma viola, noite quente, cabelo solto e braços abertos...
Não digo amigos, mas companheiros com os mesmos gostos, com a mesma mania vampira de viver à noite, na rua, livre. E eu não digo amigos pois deles levo poucos no coração até hoje, os que passaram, passaram porque era esse o destino, não que eles fossem ruins, mas tinha que ser assim, se não fosse passageiro descaracterizaria toda essa coisa de liberdade, de irmandade que se sente, que dispensa palavras, de filhos de Jah.
A Lua também era um elemento indispensável, ainda é, mas sinto saudade do tempo em que era sagrado venerá-la todas as noites, sem falta, e quando ela estava encoberta bom sinal não era, lembro que mesmo em dias de chuva, se tudo estivesse certo, conseguia ver seu brilho entre as nuvens, porém se havia algo errado eu não a via, nem em dias de céu limpo. Hoje tento não me esquecer de dar bom dia à ela quando vou ao trabalho, ou quando volto, é o tempo que tenho, também fico pensando se era mesmo superstição ou se realmente ela me tocava daquela forma, prefiro acreditar que sim, não há nada mais saboroso do que todo esse contato com o espaço.
Enfim, me deu uma falta, uma vontade de sair, encontrar alguém, escutar um reggae olhando para a Lua, sair de blusa preta e all star rosa, encontrar vários conhecidos até sintonizar a energia com alguém, sentar entre as árvores e ficar lá até chegar a hora de andar até em casa, no ar fresco e puro da noite, na delícia da liberdade.

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