quarta-feira, 24 de junho de 2009

O contato.

Iiéli estava ansiosa pela chegada de sua quase irmã, Ana. Esperava-a no ponto em que tinham combinado, mas o ônibus parecia estar muito atrasado, mal podia esperar para abraça-la, ouvir as novidades do feriado, e saber se ela tinha falado com aquele menino...
Derrepente o seu celular toca, era Ana, estava na porta de casa, mas não tinha encontrado a chave. Iiéli entrou no carro e partiu para lá.
I.: Eu estava te esperando, o que aconteceu?
A.: O ônibus parou em outro lugar! Eu não pensei que você ia ir me esperar, me desculpe, mas eu vim de carona com os meninos...
I.: Tudo bem, e aí?! Como foi lá? Está muito cansada? Vamos sair?
A.: Foi normal, fiquei em casa com a mãe, sai todos os dias e conversei com o Marcos, terminamos.
I.: Aaaai, que ruim, e você está bem?
A.: Acho que sim, não estava dando mais, e além disso, eu peguei o telefone daquele menino que eu vi no ônibus se lembra? O nome dele é Felipe e ele me mandou uma mensagem olha, diz que só vai no Boo hoje se eu ficar com ele!
I.: Sérioo? Que legal, e nós vamos né?! Já respondeu pra ele?
A.: Claro! Vamos nos arrumar, porque antes eu já disse pros meninos que você vai ir jantar na casa deles, e não tem de não!
I.: Não vou nem comentar...
Então as amigas se prepararam para noite de domingo, as duas tinham aula no outro dia, mas diversão definitivamente vinha em primeiro lugar. Iiéli se lembrava muito bem quem era o menino do ônibus, e o nome dele era Felipe, mas ela não entendia porque deveria se preocupar com ele, até porque estava muito feliz de que sua amiga fosse ficar com quem ela queria.
Foram para a casa de uns amigos da Ana e de lá para o Boo, uma boatezinha confortável no centro da cidade. Entraram, compraram as bebidas e não demorou muito para o Felipe os encontrar, o clima estava muito alegre e as meninas mais ainda, mas no decorrer da noite alguma coisa não estava certa.
A.: Iiéli por que ele não chega em mim?
As meninas tinham ido ao banheiro conversar.
I.: Não sei! Ele é meio estranho né?! Tenta dançar encarando ele, chega mais perto, não sei.
A.: Tu sabe que eu não consigo fazer isso, eu não sou você!
I.: Ai, mas se concentra, vale a pena não vale?
A.: Acho que não, além disso ele está conversando bastante com você até...
I.: Sim, mas eu já falei pra ele conversar mais contigo, e ele só ri, eu não sei mais o que eu faço...
A.: Vamos fazer assim, a gente chega lá e quando ele for falar contigo tu sai.
I.: Quantas vezes for necessário, vamos lá.
E assim aconteceu, as meninas voltaram para o meio da pista, e Felipe virou-se para Iiéli, ela pediu licença e foi comprar mais bebidas decidida. Porém quando estava chegando perto do balcão percebeu que Felipe estava atrás dela, também tinha ido comprar bebidas.
I.: Olha quem apareceu!
F.: Vim pegar mais, me espera?
I.: Claro.
Iiéli falou com o barman, pegou dois drinks e esperou, Felipe pegou mais um e se virou, apartir daí as coisas aconteceram tão automaticamente que ela não teve nem tempo de pensar, ou reagir. Ele se virou, ela sorriu, ele se aproximou, ela foi se virar, mas haviam tantas pessoas, e ele foi chegando até ela como se uma corda invisível os prendesse tão forte que era impossível se mexer e como se isso laçasse o encontro ele a beijou.

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